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Como trabalha o Sistema de Injeção e a Importância da Bateria

Publicado em 28/01/2014

Um sistema de Injeção Eletrônica funciona com uma Bateria, Reles, Unidades Eletrônicas de Controle (ECU ou Central), Chicote, Bomba de Combustível, Sensores e Atuadores.

Ao ligar a chave, a bateria alimenta o Rele principal, que liga a Central, que por sua vez alimenta outro Rele para alimentar a Bomba de Combustível, os Injetores, a Bobina. Posiciona os Atuadores, recebe sinal dos Sensores e aguarda a partida através do Sensor de Rotação ou Velocidade do Motor, que enviará um sinal à Central para iniciar o funcionamento do Motor!
O Objetivo deste controle é a injeção de Combustível no volume e momento ideal de acordo com as necessidades imediatas do motor, através dos Injetores (Bicos), medida em milisegundos, conhecida como Tempo de Injeção (TI). Em muitos casos controla também o Avanço de Ignição, que é momento da centelha na vela em relação ao Ângulo do Virabrequim, conhecido como Tempo de Ignição (TIG), que pode ser verificado na Bobina, também medido em milisegundos.
O Ângulo do Virabrequim permanece medido em Graus de Avanço!

A conseqüência é manter o equilíbrio de funcionamento, através do controle regido da Mistura-Ar-Combustível e a Avanço de Ignição em qualquer regime de trabalho!

Uma grande dica é usar sempre uma bateria boa, pois a Eletrônica depende de Tensão (Volts) e Corrente (Amperagem) para funcionar bem, logo a bateria tem um papel fundamental na Injeção. Pra começar ela ativa o Relê principal pós-chave, que fornece alimentação para a Central. Com esta Tensão a Central comanda a Bomba de Combustível através do Relê da bomba e Atuadores, o Controlador de Ar para Marcha Lenta e outros Atuadores Especiais. Portanto é necessário que a Bateria esteja estabilizada, com Tensão e Corrente dentro do Padrão sob pena de comprometer o funcionamento correto de alguns componentes da Injeção. (Então meus amigos podem instalar até Óxido Nitroso na motocicleta; se a bateria não estiver estabilizada, não adianta nada).
Existe uma Tabela de Compensação do Pulso dos Bicos X Tensão da Bateria. É onde é calculada a Inércia dos Injetores. Do momento que a Tensão chega ao Injetor, até a sua abertura total, leva um tempo que é calculado pela Central. Com um Tensão baixa, a Central aumenta o TI (Tempo de Injeção) dos Bicos a fim de compensar a perda de Corrente no Injetor e conseqüentemente o volume de combustível. O mesmo ocorre com a Bobina de Ignição desde que a Alimentação chega ao enrolamento primário e finamente a faísca na ponta da vela. O TIG (Tempo de Ignição) também é compensado, em função da Voltagem da Bateria, no Ângulo de Permanência – DWELL (Tempo de Carga do Enrolamento Primário de Bobina) para não haver perda de potência e tempo na faísca.
Se a Tensão estiver acima do normal, com problemas no Regulador de Voltagem, por exemplo, este TI e TIG serão diminuídos em relação ao normal.

Outros Atuadores não possuem Tabelas de Correção e por isso podem apresentar problemas se a Bateria não estiver boa. Ex. IAC (Intrake Air Control) Controlador de Ar na Admissão, também conhecido como Controlador de Marcha Lenta ou Motor de Passo, EXUP ou Borboleta Secundária!
Concluindo, preste a máxima atenção na Bateria. Um item básico que as vezes passa despercebido mas é de suma importância para o funcionamento da motocicleta.

Ronaldo Cechella – Hangar 44 Motos – Tecnologia em Motocicletas

 

 

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