Hoje o Dr. Eric Perecmanis fala sobre Medicina Intensiva.
1) O que é?
A Terapia Intensiva é uma especialidade jovem, reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina desde 1992. Sua origem está intimamente relacionada ao tratamento especializado oferecido a feridos de guerra pela enfermeira Florence Nightingale em torno de 1850, sendo hoje reconhecida como a precursora dos cuidados intensivos.
Estão aptos a realizar residência em Terapia Intensiva, médicos que possuem residência completa em Clínica Médica, Cirurgia, Anestesiologia, Cirurgia geral e Infectologia. O curso se completa em 2 anos, quando há possibilidade de prestar prova para o título de especialista.
2) Como é o dia a dia?
O intensivista pode trabalhar como rotineiro/diarista em UTIs gerais ou especializadas, como plantonista ou exercendo também a especialidade na área em que fez residência anteriormente.
3) Oportunidades de trabalho:
O mercado de trabalho para o intensivista é vasto. Atualmente todo hospital terciário é obrigado a ter no mínimo 6% de seus leitos voltados a terapia intensiva. Hospitais privados costumam ter de 20 a 40% de seus leitos voltados aos pacientes críticos. A demanda por especialistas atualmente é bem maior que a oferta, fazendo com que os recém titulados sejam rapidamente absorvidos pelo mercado de trabalho, tornando-se médicos rotineiros e com grande chance de ascensão para cargos de supervisão e gerência de acordo com suas competências.
4) Número de especialistas:
No momento, temos aproximadamente 5 mil intensivistas registrados pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB).
5) Curiosidade(s):
– O Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, implementou a primeira UTI do país, com apenas dez leitos (1971).
6) Especialidades correlacionadas:
A terapia intensiva talvez seja o ambiente onde o espírito multidisciplinar se torna mais necessário. A interação harmônica entre as equipes (enfermagem, fisioterapia, nutrição, higiene, hotelaria …) é fundamental para obtenção de bons resultados assistenciais e bom ambiente de trabalho. Frequentemente existe a necessidade de pareceres e atuações de outras especialidades, fazendo com que o médico intensivista seja um “maestro” responsável pela organização e liderança do grupo.
7) Área de atuação:
Como falado anteriormente, o intensivista pode atuar em UTIs gerais ou especializadas.
8) Mensagem para quem quer seguir essa especialidade:
Jovens médicos que gostam de ambiente hospitalar, inovações tecnológicas, procedimentos invasivos e tem bom relacionamento com seus pares, devem fortemente considerar a possibilidade de ingressar nesta especialidade. Eu recomendo!
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Referências:
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Demografia médica no Brasil 2015 – USP. Disponível em:
https://www.usp.br/agen/wp-content/uploads/DemografiaMedica30nov2015.pdf - https://www.amib.org.br/
- https://anmr.org.br/