Nosso objetivo é ajudar você a escolher a residência que está mais alinhada com suas qualidades e seus objetivos.
1) O que é?
Muitos confundem o termo Geriatria com Gerontologia, que é o estudo do envelhecimento nos aspectos biológicos, psicológicos, sociais e outros. Os profissionais da Gerontologia têm formação diversificada, interagem entre si e com os geriatras. O geriatra é o médico que se especializou no cuidado de pessoas idosas, tornando-se especialista após ter feito residência médica credenciada pela Comissão Nacional de Residência Médica e/ou ter sido aprovado no concurso para obtenção do Título de Especialista em Geriatria da SBGG/AMB.
2) Como é o dia a dia?
O geriatra utiliza uma abordagem ampla para a avaliação clínica, incluindo aspectos psicossociais, escalas e testes; por isso, a consulta geriátrica é, em geral, mais demorada.
Além de lidar com doenças comuns a outras especialidades como as demências, a hipertensão arterial, o diabetes e a osteoporose, o geriatra também trata de problemas com múltiplas causas, como tonturas, incontinência urinária e tendência a quedas, frequentemente atuando em conjunto com equipe multidisciplinar. Ele também fornece cuidados paliativos aos idosos portadores de doenças sem possibilidade de cura.
A Medicina Geriátrica é uma ciência que avança a cada dia, propiciando longevidade com melhor qualidade de vida para a população idosa.
3) Oportunidades de trabalho:
No Brasil, apesar da carência em profissionais especialistas em idosos, são poucos os cargos oferecidos através de concursos públicos para geriatras. Assim como em outras áreas, pode-se optar pela carreira acadêmica, visando ensino e pesquisa geralmente em ambiente universitário ou pela carreira assistencial, existindo tanto o ambiente público como o privado. Em ambos, o geriatra pode se dedicar a atendimentos hospitalares ou ambulatoriais. Já especificamente no setor privado é frequente a rotina de atendimentos domiciliares ou em casas geriátricas.
4) Número de especialistas:
No momento, contamos com aproximadamente 1.500 geriatras registrados pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.
5) Curiosidade(s):
– Apesar dos censos demográficos mostrarem a previsão de aumento significativo da população idosa, o número de médicos especialistas em geriatria é pequeno. Uma das teorias para justificar a falta de interesse de estudantes de medicina pela área é o longo tempo necessário para a realização de uma consulta de qualidade. Num cenário onde as seguradoras de saúde avançam e o médico sente-se pressionado a realizar dezenas de atendimentos em busca de remuneração digna, muitos estudantes ao considerarem esse aspecto optam por outras especialidades.
6) Especialidades correlacionadas:
A clínica médica tem grandes e frequentes interseções com a geriatria. Inclusive um dos caminhos para tornar-se geriatra é através de residência médica e, nesse caso, a conclusão em programa de residência em clínica é pré-requisito obrigatório.
A área de cuidados paliativos, cada vez mais encarada como especialidade independente, faz parte da rotina do geriatra. Ao longo da formação em geriatria o tema paliação é extensivamente trabalhado.
7) Área de atuação:
- Ensino
- Pesquisa
- Promoção de saúde
- Controle e tratamento de doenças
- Visitas hospitalares
- Visitas domiciliares
- Visitas a casas geriátricas
- Consultório / Ambulatório
8) Mensagem para quem quer seguir essa especialidade:
Se você pretende se tornar geriatra, primeiramente busque uma formação clínica sólida. A Clínica Médica é a base para a construção dos conceitos abrangidos pela Geriatria. A demanda por geriatras é enorme, mas o trabalho para tornar-se especialista e atuar no dia-a-dia é árduo. O médico que opta por seguir esse caminho deve ter algumas características imprescindíveis como paciência, compaixão e muito respeito pelos idosos. Se esse é o seu perfil, abrace a geriatria!
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Referências:
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Demografia médica no Brasil 2015 – USP. Disponível em:
https://www.usp.br/agen/wp-content/uploads/DemografiaMedica30nov2015.pdf - https://sbgg.org.br/