Cirurgia Geral

Cirurgia Geral: resistência física, controle emocional e segurança na tomada de decisão
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Cirurgia Geral: resistência física, controle emocional e segurança na tomada de decisão

 

Dr. Bernardo Schwartz fala daCirurgia Geral.

1) O que é?

Cirurgia Geral é uma especialidade que tem como pré-requisito o diploma em Medicina, tem duração de aproximadamente dois anos e a forma de acesso é por meio de Concurso de Residência Médica ou por Pós-Graduação.

A primeira geralmente é a mais desejada e, de certa forma, mais concorrida. Além de receber uma bolsa-auxílio, o programa de residência pode ser cursado em hospitais municipais, estaduais, federais e das Forças Armadas. Ao final do curso é garantido um Certificado de aptidão para exercer a especialidade com credenciamento pelo Ministério da Educação (MEC).

Na Pós-Graduação há um convênio com alguma instituição de ensino, podendo ser ou não credenciada pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões. Geralmente não disponibilizam bolsa-auxílio, algumas tem um custo mensal e podem não ser aceitas como pré-requisito para uma subespecialidade cirúrgica (cirurgia vascular, urologia, cirurgia plástica etc.).

O perfil do cirurgião geral pode variar, mas é inerente à especialidade a necessidade de resistência física, controle do fator emocional e segurança na tomada de decisão. Ter um bom conhecimento de clínica cirúrgica é um grande diferencial do cirurgião.

2) Como é o dia a dia?

O dia a dia do cirurgião se resume em realizar cirurgias marcadas previamente (eletivas), cirurgias de urgência quando de plantão ou por complicações de cirurgias já realizadas, visita e evolução dos pacientes de pós-operatório e, tão importante quanto, o estudo e reciclagem teórico-prático por meio de material atualizado ou através de congressos e palestras.

3) Oportunidades de trabalho:

Como cirurgião geral, o médico pode atuar como autônomo sendo o cirurgião principal de sua equipe (compostos por outros cirurgiões, anestesista e instrumentador), auxiliando cirurgiões mais experientes, realizar plantões ou atuar como parecerista em hospitais de emergência/trauma e ser docente em alguma instituição de ensino. O cirurgião pode realizar cirurgias ditas “abertas” (clássica), cirurgias videolaparoscópicas (introduzindo câmeras por pequenos orifícios abertos no paciente ou por orifícios naturais) e, mais atualmente, a cirurgia com assistência robótica.

4) Número de especialistas:

No momento, temos aproximadamente 30 mil cirurgiões registrados pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões.

5) Curiosidade(s):

– Um dos maiores desafios do cirurgião é a necessidade de estar disponível a qualquer momento. Não há como prever se um paciente operado, por mais simples que tenha sido a cirurgia, apresentará uma evolução inesperada e necessitará de uma reintervenção de urgência. Além disso, há o esgotamento físico que muitas horas de cirurgia podem gerar. Por outro lado, o ato cirúrgico é o momento em que o cirurgião se sente fazendo uma coisa que realmente gosta. Ter o poder de curar uma enfermidade através de suas mãos é grandioso.

6) Especialidades correlacionadas:

Algumas especialidades podem ter grande importância para a prática da Cirurgia Geral, como a Radiologia, a Endoscopia, Anestesiologia, a Clínica Médica, etc.

7) Área de atuação:

Como mencionado anteriormente, o médico pode atuar como autônomo, auxiliando cirurgiões mais experientes, realizar plantões, atuar como parecerista em hospitais de emergência/trauma ou ser docente em alguma instituição de ensino.

8) Mensagem para quem quer seguir essa especialidade:

Toda área da medicina têm seus prós e contras. Resta saber quais se identifica e quais consegue contornar. O mais importante é procurar algo que realmente dê prazer, pois provavelmente fará isso por anos, será seu “ganha-pão” e a superação das dificuldades será mais fácil. Todos os pontos negativos da especialidade cirúrgica podem ser contornados com organização, preparo e prática cirúrgica de qualidade.

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